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Afinal, vitamina D é importante para quê?

nov 7, 2014   //   by Dra. Letícia   //   Nutrição Funcional  //  No Comments

Recentemente a vitamina D vem ganhando grande destaque na mídia em função das suas múltiplas ações no organismo. Mas ela é mesmo uma vitamina?

Vitamina D é o nome que se dá a um grupo de substâncias lipossolúveis (solúveis em gordura) formado pela vitamina D2 (ou ergocalciferol) e pela vitamina D3 (ou colecalcitriol), vitaminas que são na realidade pré ou pró-hormônios. A forma ativa desta vitamina/hormônio no organismo chama-se calcitriol e é  provavelmente o hormônio esteroide mais potente no nosso organismo.

Para obter este potente hormônio regulador, precisamos expor nossa pele ao sol ou suplementá-la. A luz solar atinge uma molécula de pré-colesterol na nossa pele (isso mesmo: a vitamina D é produzida a partir do colesterol na pele), portanto precisamos de sol e colesterol para haver níveis suficientes desta vitamina. A partir daí o fígado converte a molécula em calcidiol, que é a forma de armazenamento da vitamina D no sangue e na gordura do nosso corpo, para que seja usada quando houver necessidade. Os tecidos de todo nosso corpo convertem o calcidiol em calcitriol, a forma ativa, sempre que necessário.

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A função mais conhecida da vitamina D diz respeito ao metabolismo do cálcio, ajudando na mineralização óssea – mas como sabidamente temos receptores para ela em praticamente todas as células do corpo, suas ações vão muito além das questões ligadas ao tecido ósseo: os músculos precisam de vitamina D para terem sua máxima performance, além do cérebro, mamas, próstata, fígado, sistema imune e tantos outros que possuem receptores para esta vitamina/hormônio. São milhares de genes controlados direta ou indiretamente pela vitamina D.

Inúmeros trabalhos mostram como a deficiência desta vitamina/hormônio pode estar ligada aos riscos de fratura, osteoporose, câncer, diabetes, tuberculose, hipertensão arterial, depressão, esquizofrenia, esclerose múltipla e uma série de outras patologias. A importância da vitamina D é inegável e precisamos estar atentos à sua deficiência, bastante comum nos dias de hoje.

Fique atento aos sintomas de doenças como as citadas acima, converse com seu médico, dose sua vitamina D no sangue e, se for necessário, suplemente. Sua saúde agradece.

Nutrigenômica e Nutrigenética

ago 17, 2014   //   by Dra. Letícia   //   Nutrição Funcional  //  No Comments

Após o mapeamento genético realizado pelo Projeto Genoma Humano, obtivemos informações importantíssimas sobre a relação entre nossos genes e o meio ambiente: como cada um de nós irá responder as variações ambientais como a alimentação, a poluição, o tabagismo, os medicamentos, o estresse, dentre outros? A alimentação é um dos fatores de maior destaque. Ela está presente nas nossas vidas diariamente, desde muito cedo, e por esta maior exposição, teremos maior ou menor chance de desenvolver doenças.

O estudo da interação entre os alimentos e os indivíduos é chamado de nutrigenômica e o estudo  da interação entre os genes e os nutrientes levando a doença chama-se nutrigenética. O diabetes, o câncer, as doenças cardiovasculares, a obesidade e as síndromes inflamatórias são exemplos de doenças crônicas que se beneficiam da nutrigenômica e da nutrigenética ao se identificarem os fatores ambientais, comportamentais e a genética de cada indivíduo.

Vegetais

Todos estes avanços científicos nos dizem que cada indivíduo é único e responde de forma própria aos componentes da dieta. Desta forma poderemos utilizar padrões nutricionais, ou dietas, exclusivas para cada pessoa, com base nos dados de seus mapas genéticos.

Por enquanto, mapear nossos genes, do ponto de vista financeiro, tem alto custo. Podemos entretanto, melhorar nossa alimentação, focando sempre na qualidade e na variedade dos alimentos que ingerimos. Sempre é bom lembrar que uma dieta de qualidade, exercícios regulares e uma suplementação, quando necessária e recomendada por seu médico, fará com que tenhamos uma vida com muito mais saúde e qualidade.

Disbiose intestinal

maio 12, 2014   //   by Dra. Letícia   //   Nutrição Funcional  //  No Comments

A dieta adequada visa suprir a proporção de macro e micronutrientes necessários de acordo com cada indivíduo e seu meio ambiente: o equilíbrio entre a qualidade e a quantidade de nutrientes ingeridos é fundamental para a sua boa utilização.

A nutrição funcional tem como objetivo principal avaliar a interação do organismo
com o alimento e o processo de nutrição.

Para tanto, deve-se considerar a integridade fisiológica e funcional do trato gastrointestinal. Um intestino em bom funcionamento serve como um canal entre os nutrientes e a circulação sanguínea e também atua como uma barreira contra exo e endotoxinas. A integridade da parede intestinal pode ser influenciada pelas bactérias do próprio intestino e pela saúde da sua mucosa – e ambos são influenciados pela alimentação.

A disbiose é um desequilíbrio da microbiota intestinal, que produz prejuízos ao corpo como um todo. Nestes casos, a flora bacteriana nociva, inflamatória, cresce mais, deixando o intestino permeável às toxinas. A melhora da qualidade das funções do intestino é imprescindível em casos de disbiose e, para tanto, podemos utilizar alimentos ricos em substâncias probióticas e prébioticas.

Iogurte

Os probióticos são alimentos ou suplementos à base de micro-organismos vivos,  que promovem melhora da flora intestinal conferindo saúde ao indivíduo. São exemplos deste tipo de alimento, entre outros, os iogurtes, os leites fermentados e o kefir.

Os prebióticos são componentes alimentares ou fibras não digeríveis que melhoram o intestino por alimentarem as suas bactérias benéficas. Eles devem ser de origem vegetal e não ser degradados por enzimas digestivas. Os principais prebióticos são os amidos resistentes (FOS, inulina, oligofrutose), um tipo de amido que não pode ser digerido e por isso alimenta a nossa flora intestinal.

Manter a ordem em vez de corrigir a desordem é o princípio básico da sabedoria. Curar a doença depois que ela aparece é como cavar um poço quando se tem sede ou forjar armas com a guerra iniciada.

Nei Jing, século II a.C.

Antienvelhecimento e nutrição funcional

mar 7, 2014   //   by Dra. Letícia   //   Nutrição Funcional  //  No Comments

Nutrição é um processo biológico em que os organismos animais e vegetais, utilizando-se de alimentos, assimilam nutrientes para a realização de suas funções vitais. Em relação à saúde, a nutrição é o estudo das relações entre os alimentos ingeridos e as doenças ou bem estar do homem.  O princípio da boa nutrição depende de uma dieta regular e equilibrada e de uma variedade de nutrientes para o bom funcionamento do organismo.

Nutrição Funcional

O envelhecimento é um processo natural e em geral é caracterizado pela diminuição da capacidade funcional de nossos órgãos e sistemas, o que provoca a queda das respostas aos desafios que devem ser enfrentados pelo nosso corpo. Esta perda de capacidade é lenta e progressiva, mas os maus hábitos de vida (sedentarismo, má alimentação, tabagismo, alcoolismo, obesidade, etc) e as doenças crônicas aceleram o processo de envelhecimento e degeneração.

A prática da nutrição funcional e antienvelhecimento visa retardar o curso da degeneração do organismo através da alimentação correta, orientada para cada necessidade que se apresente ao longo da vida, bem como da prática de atividades físicas, do gerenciamento do stress, da modulação hormonal e o que mais for necessário para o funcionamento otimizado do organismo de cada pessoa.

Hoje já sabemos que grande parte das doenças que são atribuídas ao envelhecimento são evitáveis através da prática preventiva. Então utilizemos o ensinamento de Hipócrates:

Que seu alimento seja seu remédio.

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